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Artigo por Rita Santos

Nesta altura em que ouvimos e lemos noticias sobre as colocações no ensino superior, é impossível não me recordar do entusiasmo e também do “frio na barriga” que experienciamos nesta fase tão marcante. A vontade de conseguir entrada naquele curso e ao mesmo tempo a expectativa de se irá corresponder às expectativas, de como será a adaptação a um ensino diferente, mais exigente, mas também com matérias e conteúdos que serão do nosso interesse fazem-me pensar nesta fase com uma certa nostalgia.

Os anos de faculdade foram um marco na minha história pessoal, por todas as vivências com pares e a sensação de liberdade e alguma independência por estar fora, mas também na minha história profissional, aqueles professores são dos primeiros contactos com profissionais de áreas que tanto se ambiciona e por isso, de alguma forma, são um exemplo do que poderemos vir a alcançar.

O final destes anos acarreta inevitavelmente algumas inseguranças: como será a entrada no mercado de trabalho, como conseguirei realizar o ano profissional júnior e tornar-me Psicólogo/a, se tudo o que aprendi será suficiente para conseguir realizar as funções, entre tantas outras questões que podem assombrar nesta fase.

“E quando olhamos de perto para as necessidades do mercado, é fácil constatar que existem muitos contextos onde os Psicólogos são necessários, mas não estão representados. Por isso haverá sempre espaço para (re)iniciar a carreira em Psicologia.”

Neste sentido, deixo duas notas que me parecem de extrema importância e que poderão fazer a diferença na forma como se encara esta fase:

1º a área em que realizaste o mestrado e até mesmo o ano profissional júnior não te vincula a trabalhar nessa área. A carreira vai sendo construída, à medida em que experienciamos e exploramos factores pessoais como interesses, aptidões, competências, valores e preferências pessoais.

2º encara o ano profissional júnior como uma porta de entrada no mercado de trabalho e não como um adiamento. Esta é a possibilidade de durante 12 meses exerceres uma prática supervisionada, onde terás a possibilidade de aplicar no contexto os conhecimentos adquiridos, mas garantindo que a resposta é adequada porque existe um orientador a acompanhar-te. É um primeiro contacto com a realidade mais seguro e que permite um espaço de reflexão e orientação acerca da prática (pode explorar mais esta ideia lendo o artigo “Ano Profissional Júnior… um contributo determinante para a qualidade da carreira em Psicologia”, na página 24 do ebook que abaixo mencionamos).

Na verdade, é fundamental que a reflexão acompanhe o teu percurso profissional e por isso a supervisão é considerada uma competência-chave. Se por um lado é importante esta reflexão da componente profissional para a garantia da qualidade da actuação, é também imprescindível que a reflexão se faça num processo contínuo de Autoconhecimento. Isto porque “Um Psicólogo é a sua única ferramenta de trabalho – e por isso, para ser Psicólogo/a é preciso tornar-se Pessoa.”

Estas e muitas mais questões são abordadas no 1º ebook PsiCarreiras “Ser Psicólogo – O início da Carreira em Psicologia”. Este ebook contempla artigos que já constavam neste blog e também 9 artigos escritos exclusivamente por convidados com importantes contributos para este tema.

Este ebook pretende que por um lado se reflicta, mas também proporcionar sugestões prácticas e por isso irão encontrar artigos dedicados ao autoconhecimento, artigos relacionados com a atitude e postura profissional, artigos especialmente pensados para estudantes de Psicologia, artigos relacionados com as primeiras abordagens ao mundo profissional e a entrada no mercado de trabalho e artigo sobre como criar e alimentar as redes profissionais.

Apesar deste ser um ebook dedicado ao início de carreira, não é somente destinado a psicólogos/as que estão a iniciar. Por um lado “é fundamental investir na prática do auto-conhecimento e da escuta interna como um exercício contínuo, inacabado, assumindo este como uma ferramenta e estratégia de posicionamento, permitindo planear, estruturar e adaptar(nos) às diferentes situações e exigências”. E por outro, pela multiplicidade de contextos de intervenção da Psicologia e pelo que vai sendo a auto descoberta, é sempre possível iniciar carreira numa nova área até porque “onde há pessoas, pode haver Psicólogos. E quando olhamos de perto para as necessidades do mercado, é fácil constatar que existem muitos contextos onde os Psicólogos são necessários, mas não estão representados”. Por isso haverá sempre espaço para (re)iniciar a carreira em Psicologia.

O e-book “Ser Psicólogo – O início de carreira em Psicologia” está disponível aqui e esperamos que vos seja útil!

P.S. – Os artigos citados integram o ebook “Ser Psicólogo – O início da Carreira em Psicologia”