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Psicologia e a Comunicação Digital – Visão Prática!

Artigo por Anita Dias de Sousa

O digital, entre a psicologia, é um conceito relativamente recente. Talvez possamos começar por introduzir uma área emergente, significativamente inovadora, a ciberpsicologia. Afinal falamos de quê? Falamos do estudo sobre a interação do Homem-Máquina, qual o impacto da tecnologia em nós e que comportamentos estão associados. Paralelamente também, de marketing digital e ainda, se quisermos ir mais além, falamos mesmo de inteligência artificial.

Quando falamos de digital, falamos de informação, de evolução e até mesmo de uma possível adição. Contudo, a ideia de utilizar algo a nosso favor e retirar o máximo de vantagens da mesma, constitui-se uma visão muito mais agradável.  Nesse sentido é também importante termos presente que, quanto maior for a transformação digital, maior será a necessidade de literacia psicológica, para a transição digital. Talvez até nos questionemos sobre qual a relação entre psicologia e o digital, mas estas áreas aparentemente tão distintas têm muito em comum. Basta pensarmos, em comportamentos humanos e na forma como o digital cada vez depende mais disso, da nossa (im)previsibilidade humana. Quem nunca procurou por testemunhos/ comentários online, sobre um produto ou um serviço? Quem nunca adquiriu um produto, pelo seu marketing especialmente persuasivo, apelativo e até intuitivo?

…tal como no digital, a psicologia, é uma área que necessita constantemente de reprogramação/ transformação. Estando ambas as ciências- tecnológica e psicológica, em constante desenvolvimento, necessitam de um acompanhamento permanente de programas/ pensamentos actuais, aplicados à realidade, às necessidades, ao mundo interno e externo, de cada individuo/ contexto.

O digital aliado à psicologia remete-nos para confiança, para segurança e ainda a esse propósito possamos também recordar a lei de Hick-Hyman. Aplicável quando não queremos sobrecarregar o usuário com um excesso de informações. Quando a quantidade de informação que chega excede o espaço que realmente temos disponível, existe uma maior sobrecarga cognitiva, o desempenho é prejudicado e as decisões são afetadas. Podemos mesmo citar a celebre frase do arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe, Menos é Mais!

Por último, e não menos importante, consideramos as emoções, uma valiosa chave na comunicação. As emoções representam por si só, interações. Nesta matéria consideramos, para além das experiências e gostos pessoais, culturas e até mesmo questões da área do design, como cores, imagens, sons, entre muitos outros, factores intersubjectivos. Lembremo-nos da regra dos terços – uma técnica utilizada na fotografia para se obter resultados visualmente mais atraentes e equilibrados.

Para além dos pontos partilhados anteriormente, queremos também deixar 5 dicas,  para melhorar a sua comunicação digital:

  1. Adopte uma linguagem positiva

Visualizarmos o copo meio cheio facilita o processamento e entendimento da informação.

  1. Coloque as informações principais no final e no início

Relembramos o efeito de posição serial, criado pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus, que definiu que o cérebro humano tem maior facilidade em guardar informações que se encontram no início- efeito de primazia, ou no final- efeito de recência, de uma sequência.

  1. Utilize a primeira e a segunda pessoa do plural

Este método tende a fortalecer o sentimento de pertença e aumenta o comprometimento do seu público-alvo.

  1. Como para as crianças, os porquês, para os adultos são fundamentais

Dar um motivo é mais persuasivo do que não dar nenhum motivo, segundo um estudo desenvolvido na Universidade de Harvard.

  1. Aposte nas metáforas

As metáforas não são simplesmente uma figura de estilo, são um mecanismo básico da nossa mente pelo qual podemos explicar uma ideia ligando-a e comparando-a com nossas experiências pessoais.

Também nós utilizaremos uma metáfora para concluir este artigo, que aborda algumas, das várias pontes, entre a psicologia e o digital. Assim, tal como no digital, a psicologia, é uma área que necessita constantemente de reprogramação/ transformação. Estando ambas as ciências- tecnológica e psicológica, em constante desenvolvimento, necessitam de um acompanhamento permanente de programas/ pensamentos actuais, aplicados à realidade, às necessidades, ao mundo interno e externo, de cada individuo/ contexto.

Boas actualizações/ transformações, para todos/as!