Historicamente, e até início do seculo XXI, Portugal não havia registado um número muito expressivo de pessoas requerentes de asilo e refugiadas. No entanto, esse número tem vindo a aumentar, de forma mais acentuada desde Outubro de 2015, com a intensificação dos conflitos armados em África e no Médio Oriente, e com o compromisso português em acolher mais pessoas ao abrigo dos programas de recolocação e reinstalação da União Europeia. A par de outro tipo de respostas humanitárias na área do asilo (e.g. recolocação adhoc de barcos humanitários, menores estrangeiros não acompanhados) e dos pedidos de asilo realizados em território nacional de forma espontânea, Portugal recebeu cerca de 1520 requerentes de asilo ao abrigo de programas nacionais de recolocação (2015-2017) e 774 pessoas refugiadas através de programas nacionais de reinstalação (2015-2020). O país disponibilizou-se para acolher mais no futuro, reforçando disponibilidades de acolhimento na recolocação ad hoc de barcos humanitários, recolocação de 1000 pessoas requerentes de asilo a partir da Grécia e de cerca de 500 menores estrangeiros não acompanhados.
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