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O Que Fazemos com o Tempo

Artigo por Marta Alves

“(..) Vai implicar que as pessoas reformatem a sua vida, combinando esses três estágios (formação, trabalho e descanso). Ou seja, você vai se formar a vida toda, vai trabalhar a vida toda e vai usufruir a vida toda, sem que hajam períodos ditados, definidos para isso”, Luiz Alberto Oliveira, físico e cosmologista em Quanto tempo o tempo tem

 

Se pensarmos em alguns papéis de vida, por exemplo: profissional, académico, familiar, conjugal, social, lazer e cidadania, e se os ordenarmos por ordem de importância, provavelmente chegaremos à conclusão que há papéis de vida para os quais não reservamos tempo ou não reservamos o tempo necessário relativamente à importância que têm.

Já referimos várias vezes neste blog que carreira não é só trabalho e que todos os restantes papéis da nossa vida são importantes para o papel profissional e para o nosso bem-estar, que, afinal, é o que procuramos. Então, talvez possamos planear de que forma podemos organizar o nosso tempo, de forma a incluir tarefas/actividades de papéis de vida que são importantes para nós e que nos trarão energia, motivação e bem-estar. Não esquecendo que, certamente, serão actividades que contribuirão para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.

Muito recentemente, foi-me recomendada a visualização do documentário Quanto tempo o tempo tem, que também recomendo. Num mundo cada vez mais tecnológico, em que tão facilmente temos acesso a informação mas que também tão rapidamente temos que produzir e “ser visíveis”, a forma como se gere o tempo tem impacto em muitas das questões sobre as quais nós, psicólogos, intervimos, como ansiedade, depressão, sono, alimentação, ritmo de vida, o que merece a nossa atenção imediata e o que não a merece, o ruído, o silêncio, o movimento, o parar, o descanso, a identidade, a produtividade… Se virem o documentário certamente encontrarão mais aspectos relacionados com o tempo e que interferem no nosso bem-estar e no bem-estar dos nossos clientes.

“(…) façamos esse exercício de sermos o mais donos possível do nosso tempo.”

Numa altura de balanços e de projecção do próximo ano, façamos esse exercício de sermos o mais donos possível do nosso tempo. Apesar dos factos, limitações e condicionantes que temos sempre, temos também alguma autodeterminação e poder para reorganizar o que fazemos com o tempo.