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A receita para uma boa marca digital

Uma marca pessoal forte constitui uma oportunidade para os psicólogos (ou futuros psicólogos) se darem a conhecer, construírem/potenciarem a sua rede de networking e chegarem a potenciais clientes, colegas e entidades. Num mundo cada vez mais digital, é importante que haja alguma tradução da marca pessoal para o contexto online. Um pouco como uma boa pizza (apreciada por tanta gente!), uma marca digital interessante requer uma base sólida, ingredientes de qualidade e um toque de originalidade. Aqui fica uma possível receita:

1. A base: Autenticidade e competência

A marca digital de um profissional tem de estar necessariamente assente na sua autenticidade e competência. Isto significa que o psicólogo (ou futuro psicólogo), conhecendo bem os seus valores/conhecimentos/skills/formação/experiências, deve ser capaz de comunicar de forma fiel este seu perfil. Para tal, deve fazer um trabalho prévio de autoconhecimento, construção da sua narrativa de carreira (ou, no caso de um futuro psicólogo, alguma reflexão sobre o posicionamento que quer adotpar no seu início de carreira e numa primeira abordagem ao mercado de trabalho).

2. Os ingredientes: Conteúdo de qualidade e diversificado

Reflitamos, primeiramente, sobre as plataformas que podemos utilizar para promover a nossa marca pessoal e profissional. Desde logo temos o linkedin, que é uma rede social-profissional completamente fundamental para qualquer profissional no mercado de trabalho actual. Para além do linkedin, redes sociais como o instagram, o Youtube, sites próprios, blogs, podcasts são formatos interessantes para a promoção de uma imagem de marca. Desde o texto (por exemplo, artigos de opinião, comentários a livros, etc.), ao vídeo (em formato de entrevista, vídeos curtos explicativos de determinado tema da Psicologia, etc.), ao áudio, os profissionais poderão aproveitar o seu espaço online para partilhar – com consistência e qualidade – conteúdos e informações relevantes para o seu público-alvo, sempre com base na ciência psicológica.

3. O toque especial: Personalidade

A marca pessoal destaca-se quando é única e quando é facilmente identificável (isto é, quando é fácil de associar ao profissional). Por exemplo: eu nunca vi alho-francês numa pizza… tenho a certeza de que se visse, me iria recordar da mesma! Um toque pessoal e um pouco de personalidade na marca de um profissional ajuda-o a destacar-se e pode atrair clientes, colegas e entidades que se identifiquem com essas mesmas características. Isto não é sinónimo de “forçar” ou “simular” algo que não existe, mas sim permitir que determinado aspecto da personalidade do psicólogo (ou futuro psicólogo), ou por exemplo determinado hobby ou interesse (mesmo que não relacionado com a Psicologia) faça parte do seu branding e possa fazer parte da sua comunicação.

4. A apresentação: Consistência visual e comunicação

A estética também importa, pois muitas vezes esta é a primeira informação que captamos sobre uma pessoa. Manter a consistência visual nas várias ferramentas e plataformas (por exemplo, o mesmo esquema de cores transversalmente, a mesma fotografia profissional quer no linkedin, quer na assinatura de e-mail, quer no currículo, etc.) e manter um estilo de comunicação positivo são aspectos essenciais. A linguagem deve ser clara, profissional e adaptada ao público-alvo (por exemplo, faz sentido dirigir-me ao meu público-alvo usando a segunda pessoa do singular? Ou será melhor utilizar uma linguagem mais formal?).

5. A relação: engagement online e offline

Manter o engagement significa promover a interacção com os outros e contribuir assim para o crescimento da marca digital e da sua divulgação. Faz-se isto dando resposta a solicitações (e-mails, comentários, mensagens privadas), participando em discussões (por exemplo comentando publicações de colegas), estando presente em eventos da área e disponível para conversar e conhecer novas pessoas. Esta disponibilidade para o outro contribui para aumentar a visibilidade do psicólogo (ou futuro psicólogo) e por outro lado cria nos outros uma imagem deste como alguém confiável e acessível. 

É importante clarificar que no âmbito das ferramentas de marketing pessoal e profissional não há, exactamente, receitas. Esta partilha pretende facultar ao leitor algumas ideias-chave que poderão ser utilizadas e personalizadas por cada psicólogo (ou futuro psicólogo), identificando e aplicando aquilo que melhor se ajustar à sua situação particular.